Todo começo de ano é a mesma coisa, promessas e esperança de um ano melhor. Mas este ano resolvi fazer algo diferente: tentar ser uma pessoa melhor!
Faz tempo que eu estava querendo doar sangue. E sempre ouvia que a agulha era enooooorme! E eu perguntava "Igual agulha de soro?" "Não!! Muuuuito maior." rsrsrs Não sou do tipo que tem medo de agulhas, mas sou do tipo que fica com tontura quando tira sangue para fazer exames. Então não queria ir sozinha. Vai que eu desmaio.
Começo do mês, aproveitei que minha irmã estava de férias e pedi para ela me levar para doar sangue.
Chegando lá o primeiro passo é fazer um cadastro, com nome e endereço. O moço me entregou um cartão de doador, a senha e me indicou os bancos para aguardar.
Logo sou chamada. A primeira pergunta foi qual meu peso. Chuto 60 kgs. Ela me olha desconfiada. Fico nervosa, talvez eu tenha exagerado na comilança das festas de final de ano...
- Acho que você tem menos. Não quer conferir? - aponta a balança.
Deu 59 kgs. Ela anota 58. Descontando 1 kg de roupa. Gostei dela! kkkk
Pergunta a altura e anota no cartão. Tira pressão, temperatura. Mais anotações. Faz um furo no meu dedo e colhe o sangue em um canudinho bem fininho para ver se estou anêmica ou não. Coloca o canudo na centrífuga e depois calcula quanto de hemoglobina ficou separada do plasma: 38%.
- No limite! - ela me informa.
Agora era só aguardar para entrar nas salinhas de entrevistas. Enquanto isso mãe e filha, cada uma saindo de sua salinha. Não poderão doar. Não tinham atingido os 38% .
A moça me chama. Entro na sala e começam as perguntas:
- Já doou sangue antes?
- Não.
-Tem tatuagem?
- Não.
- Tem piercing?
- Não.
- Viajou para o exterior no último ano?
- Não.
- Já teve hepatite?
- Não.
- Já morou em casa em que tenha o inseto barbeiro?
- Não.
- Já tomou anabolizantes?
Segurei uma risadinha. Acha que se eu tivesse tomado anabolizante eu seria toda flácida?! kkk
- Não.
- Tem prótese dentária?
- Não.
- Já teve convulsão?
- Não.
Comecei a achar que eu parecia mentirosa respondendo tudo não. kkkkk Pensei se seria melhor responder sim para algumas perguntas.
- Já fez sexo grupal?
Não seria dessa vez que eu poderia responder sim. kkkk
- Não.
- Já usou drogas injetáveis?
Sério, as perguntas são muito bizarras. Já comecei a me imaginar de dentadura, bombada, em uma casa de pau a pique, injetando drogas e transando loucamente. kkkk
E teve mais uma dúzia de perguntas estranhas. E mais uma dúzia de respostas "não."
Então a moça pediu para ver minhas veias. Comentou que eram boas. Finalmente pude falar "sim."
OK! Eu estava apta para doar. Mas ainda tinha mais uma etapa. Ela me levou até uma cabininha tipo de votação com um computador. Na tela a pergunta: "Você apresenta situação de risco para doenças sexualmente transmissíveis?" Que poderia ser traduzido como "Se você ficou com vergonha de responder sim para alguma pergunta antes, essa é a hora!" rsrs Coloquei não!
Aí chegou a hora da agulha. Eu já estava esperando um tubo de pvc no lugar da agulha. Mas nada! É um pouco grossa, mas nada medonho!
A moça limpou bem o meu braço (nada daquele algodãozinho mequetrefe com álcool de quando fazemos exames de sangue. Ela usou um monte de algodão e um monte de gel desinfetante no meu braço.) furou e encheu uns 4 tubinhos para fazer exames, depois conectou o tubo na bolsa de sangue e me deu uma bolinha para apertar.
Aperta, aperta, aperta. Li uma página do livro que tinha levado e pronto. A bolsa já estava cheia! Super rápido.
Fiquei mais uns 5 minutinhos sentada me recuperando e depois ela me liberou para tomar lanche. Alertando que eu não podia ir embora sem tomar o lanche.
E é isso! Foi super tranquilo, sem tontura, sem passar mal. Pretendo doar mais vezes.
Próxima meta é ter minha carteirinha de doadora com foto!!
Se você ficou interessado em doar também. Aqui tem mais informações sobre o assunto:
http://www.prosangue.sp.gov.br/home/Default.aspx